Política

Vilmarzim assume a prefeitura de Aparecida em abril

Vice comandará a cidade após a renúncia de Mendanha, marcada para o dia 30 de março

Da Redação

Aparecida terá um novo prefeito a partir de 1º de abril: Gustavo Mendanha (sem partido) anunciou que vai renunciar ao cargo no próximo dia 30, possibilitando a posse do vice Vilmar Mariano, mais conhecido por Vilmarzim.

Imprevistos ainda são possíveis, já que Mendanha enfrenta um cenário de dificuldades para viabilizar sua candidatura ao governo do Estado.

Gustavo ainda não conseguiu ainda um partido político, nem conquistou qualquer apoio relevante. Além disso, seu desempenho na 1ª pesquisa Serpes, o instituto que baliza a sucessão em Goiás, foi decepcionante.

Mendanha ficou em 3º lugar, com 13% das intenções de voto, atrás do ex-governador Marconi Perillo, que cravou 14,1% e assegurou o 2º lugar, os dois bem atrás do governador Ronaldo Caiado – 1º lugar absoluto com 37,1%.

Mas Mendanha garante que vai deixar a prefeitura para enfrentar a aventura de disputar o cargo de governador. Com isso, as expectativas em torno da ascensão de Vilmarzim tornaram-se concretas.

Aos 55 anos, Vilmar Mariano da Silva tem uma carreira política de sucesso, tendo sido vereador e presidente da Câmara Municipal, destacando-se pela habilidade como articulador político, por um lado, e pela firmeza das suas posições, por outro.

Vilmarzim tem procurado transmitir segurança para que Mendanha renuncie ao mandato sem receio de perder influência sobre a máquina municipal aparecidense, um portento que controla um dos maiores orçamentos do Estado, atrás apenas do governo do Estado e de Goiânia e em empate com Anápolis.

Nesse sentido, Vilmarzim já disse e repetiu que irá manter o secretariado montado por Mendanha – uma aposta que tem baixa cotação entre os observadores da política em Aparecida.

São lembradas as rusgas do vice com secretários como André Rosa, da Fazenda, ou Tatá Teixeira, da Articulação Política, que sempre trataram Vilmarzim com desprezo.

André Rosa, há pouco tempo, chegou a desautorizar publicamente o vice por ter se reunido com representantes da Guarda Civil, que mantém há meses uma mobilização permanente em defesa das suas reivindicações trabalhistas e são mantidos à distância por Mendanha, que não os recebe.

Há divergências também com o secretário municipal de Comunicação Ozéias Laurentino, considerado fraco para o cargo – onde pilota sem critérios uma verba anual de publicidade estimada em mais de R$ 20 milhões de reais.

Mesmo gastando essa montanha de dinheiro, Ozéias Laurentino não conseguiu estadualizar o nome de Mendanha, que continua como um ilustre desconhecido fora de Aparecida.

Ainda que, em um primeiríssimo momento, Vilmarzim não vá mexer no secretariado, ninguém duvida de que mudanças virão e rapidamente, dado ao estilo despachado do vice prestes a se tornar titular.

Para evitar riscos de crise, a conversa nos bastidores da prefeitura é que André Rosa, Tatá Teixeira e Ozéas Laurentino entregarão seus cargos antes mesmo da posse do novo prefeito, sob o pretexto de que irão atuar como coordenadores da campanha de Mendanha.

Perguntado a respeito, Vilmarzim só diz que considera o secretariado em exercício como competente e que deve manter a equipe. Vejam bem, leitores: deve.

Isso significa que, até que tenha a caneta dominada nas suas mãos, o atual vice vai se comportar como o pai da moderação, evitando qualquer aresta com a classe política e principalmente com Mendanha até assinar o termo de posse. Depois, só o tempo dirá.

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