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UFG dá início a exame diagnóstico da Covid-19

Universidade se coloca à disposição do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, Secretaria da Saúde de Goiás, Secretaria de Saúde de Goiânia e Fapeg

O Laboratório de Análises Clínicas e Ensino em Saúde (Laces), vinculado ao Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (ICB/UFG) deu início aos exames para diagnóstico da covid-19. O trabalho é resultado da parceria firmada com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que forneceu insumos para a realização de mais de mil exames moleculares.

O Laces faz parte da rede de laboratórios da UFG que se colocou à disposição das autoridades sanitárias para contribuir com o aumento do diagnóstico da Covid-19.

A Polícia Federal também deve enviar amostras. A Prefeitura de Goiânia, outra parceira, está em processo de liberação de recursos para dar início a emissão de laudos em Goiânia.

Simultaneamente, há uma campanha de arrecadação de recursos feita em conjunto com a Fundação de Apoio à Pesquisa da UFG (Funape). As doações serão utilizadas para comprar reagentes para disponibilizar o diagnóstico ao maior número de pessoas possível.

Os insumos necessários para fazer o diagnóstico são reagentes, material químico, kit para diagnóstico e kit para coleta de material. Nesta fase, o Laces vai fazer 100 testes por dia. A expectativa é que a rede de laboratórios venha a fazer 350 exames ao dia.

O diretor do ICB, Gustavo Rodrigues Pedrino, destaca que “a prioridade da UFG é ajudar a rede pública a diagnosticar os casos do novo coronavírus, diminuindo a subnotificação e realizando a identidade precoce”. Ele observa que a UFG possui infraestrutura e capacidade técnica para assumir esse desafio, seguindo os protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O professor ainda destaca que “buscando atender a sociedade neste difícil momento, diversos docentes, servidores e discentes se disponibilizaram voluntariamente para integrar a equipe que realizará o diagnóstico da Covid-19”.

Exame

A UFG optou por fazer o exame molecular RT-qPCR (do inglês reverse-transcriptase coupled to quantitative polymerase chain reaction), por ser mais preciso e menos comum na rede pública de saúde. A diferença entre o exame molecular e o teste rápido é que o primeiro consegue verificar se há a presença do novo coronavírus na amostra examinada.

Já o teste rápido, verifica a presença de anticorpos no organismo do paciente. O teste rápido, que já é vendido em farmácias, pode dar falso negativo. Ou seja, a pessoa pode estar doente e o teste indicar que ela não tem a doença. Então ela corre o risco de ignorar os sintomas e continuar trabalhando e socializando com outras pessoas, transmitindo a doença.

“Os testes são essenciais para que a rede pública de saúde gerencie tratamentos e estratégias, mas os custos por exame são relativamente altos, em torno de R$ 150. A empresa ou pessoa física que quiser ajudar pode participar da campanha Ação solidária para diagnóstico do coronavírus em uma conta para doação da Funape (ver o final do texto)”, observa Gustavo Pedrino.

 

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