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Vereador afirma que mudanças no secretariado em Goiânia são ditadas por condenado da Lavajato

Ana Paula Arantes

A Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Goiânia, da manhã de ontem, 23, esquentou com a manifestação do vereador Ronilson Reis (Podemos), grupo da oposição, quando este fez uso da palavra para criticar a ascensão da cúpula do Republicanos na gestão do Executivo da Capital. De acordo com seu discurso os vereadores devem conhecer quem é o cidadão que está “ditando as cartas” na prefeitura de Goiânia e promovendo as mudanças nas secretarias de 1º escalão. 

O parlamentar disse que ao buscar informações junto ao sistema da Polícia Federal sobre o enviado da Igreja Universal a Goiânia, Vanderley Tavares, presidente do Republicanos de Brasília, descobriu que ele é um dos denunciados pela Lavajato por operar propinas na prefeitura do Rio de Janeiro.  

“O presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, bispo licenciado da Universal, nomeou esse Vanderley Tavares para vir a Goiânia fazer as mudanças que fossem necessárias no Paço Municipal. O homem que fazia as maracutaias dentro do paço do Rio está entre nós. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal na Operação Lava Jato e condenado há 21 anos de cadeia, em junho de 2020, o processo está em fase de recurso. A quem interessa esse bandido vir operar na prefeitura de Goiânia?”, perguntou com veemência.  

Vereador Isaías Ribeiro líder do Republicanos na Casa e também pastor licenciado da Igreja Universal falou que na voz da oposição há preconceito por misturar sigla de igreja e religião.  Ele colocou que o  Republicanos é um partido sério e sabe o que está fazendo, e que as transições realizadas pelo prefeito é o melhor para o município.

“Não devemos ser precipitados, porque a Justiça está cumprindo seu papel. Somos testemunhas que o prefeito Rogério Cruz é um homem de família e de responsabilidade, e legislou nesta Casa durante oito anos, e não é agora que terá uma má conduta”, falou o líder do Republicanos na câmara.  

O vice-líder do prefeito, vereador Anselmo Pereira (MDB) afirmou que a convivência com Rogério Cruz, quando vereador, permitiu conhecer a índole do prefeito e testificou que este não apresentou máculas em suas ações. “Quis o destino que ele chegasse à prefeitura de Goiânia. Será que agora ele vai mudar seu comportamento humano e político comprometido com as causas sociais? O pronunciamento do vereador Ronilson precisa ser observado e contraposto. Aquele que critica tem que trazer no bojo da crítica a solução dos problemas”, sugeriu.

Já o presidente do Legislativo goianiense, o vereador Romário Policarpo (Patriota) ratificou que os membros da Mesa Diretora se mantiveram em silêncio, “e assim permanecerão”, durante a as substituições nos escalões da administração, ao contrário dos comentários nos corredores do Paço que dizem que Policarpo têm influências nas decisões em decorrência de sua amizade com o prefeito.  

“Atire a primeira pedra quem não tem nos quadros do seu partido uma pessoa que está sendo investigada e por vezes condenada. Vanderley Tavares não foi indicado como secretário, ele é membro dos Republicanos, não se deve crucificar a administração por causa de um filiado não é justo”, discursou o líder do prefeito, vereador Sandes Júnior (Progressistas). 

Em divergência à maioria das falas, a vereadora Gabriela Rodar (DC) opinou que a prefeitura está uma bagunça e desgovernada e a Câmara dará seu recado ao Executivo, fiscalizando em nome da população. 

O Vereador Leandro Sena (Republicanos) disse que todo partido político está encabeçando manchetes nacionais de escândalos, inclusive o Podemos de Ronilson Reis. Para ele, o prefeito não nomeou Vanderley Tavares para ser secretário em Goiânia; e como chefe do Executivo municipal cabe a ele exonerar e nomear e que cabe à Justiça cumprir as investigações.  

Foto: Divulgação

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